Gravura é uma técnica em que a imagem é gravada em uma matriz e depois é impressa, permitindo se ter assim várias cópias da mesma imagem. Essa matriz pode ser uma placa de madeira (nesse caso teremos a Xilogravura), uma chapa de metal, que pode ser cobre, ferro, latão ou aço (Gravura em Metal), uma pedra calcária específica (Litografia) e uma tela de nylon ou poliester (Serigrafia).
Eu fiz atelier de Gravura em Metal e Xilogravura, e fui monitora de Litografia e Serigrafia. Gosto de todas as técnicas, mas a que mais me "fisgou" foi a Gravura em Metal.
A Gravura em metal consiste em gravar um desenho através de incisões feitas sobre uma chapa de metal, incisões essas que podem ser feitas diretamente sobre a matriz (ponta-seca) ou através de processos indiretos que utilizam ácido nítrico ou percloreto de ferro (água-forte e água-tinta). A escolha desses processos vai depender do metal utilizado na matriz e do resultado desejado pelo artista.
Após a gravação, a matriz é entintada e levada à prensa, e a imagem gravada é transferida para o papel. É interessante destacar que na cópia impressa, a imagem sai invertida do desenho feito na matriz, então, quando se está desenhando na matriz, deve-se levar em conta essa inversão futura da imagem.
Essa breve explicação sobre o processo está muito resumida, existem vários outros detalhes envolvidos, mas eu falei dessa forma rápida só para dar uma noção do processo para quem não o conhece.
Nas minhas gravuras também trabalho bastante com figura humana, mas que não são necessariamente retratos de alguém (embora já tenha feito alguns também).
Hoje vou postar algumas gravuras minhas, e aos poucos vou postando outras:
Iara Ribeiro. Encontro. Água-forte e água-tinta, 2007 |
Iara Ribeiro. Minha cidade. Água-forte e água-tinta, 2009. |
Iara Ribeiro. Devaneio. Água-forte e água-tinta, 2007. |